segunda-feira, 18 de abril de 2011

Resultados das inscrições para participação na I Tela - Encontro de Teatro Escolar de Viana do Castelo



Os participantes seleccionados foram:

- Escola EB 2,3/s de Barroselas  (Viana do Castelo), com "O 1º Auto de Floripes"
- Escola EB 2,3/s do Pintor José de Brito (Viana do Castelo), com "À Barca, Houlá!" pelo Grupo Innocence
- Escola EB 2,3 Frei Bartolomeu dos Mártires (Viana do Castelo), com "Mandou-me procurar? Passe cidadão!"
- Escola EB 2,3/s de Lanheses (Viana do Castelo), com "Médico à Força" pelo TAAL, Grupo de Teatro Amador de Arga e Lima
- Escola Secundária de Santa Maria Maior (Viana do Castelo), com "Sem Vergonhas" pelo ORTAET_teatro ao contrário
- Escola Secundária de Monserrate (Viana do Castelo), com "Animações Várias"
- Escola Profissional de Fermil (Celorico de Basto), com "A Christmas Carol" pelo Grupo The Story Tellers
- Escola EB 2,3 de Lamaçães (Braga), com "Arlequim e Pierrot" pelo Clube de Teatro EB 2,3 Lamaçães


A todos Parabéns!

I Tela - Encontro de Teatro Escolar de Viana do Castelo

É com enorme prazer que vimos dar a conhecer a  TELA – I Encontro de Teatro Escolar em Viana do Castelo, organizado por MAO, com o apoio da Câmara Municipal de Viana do Castelo que irá decorrer de 2 a 12 de Junho de 2011, no Teatro Municipal Sá de Miranda.

 TELA pretende promover o encontro de jovens que fazem Teatro na Escola, quer como actividade de carácter extra-curricular, quer como resultado dos trabalhos teatrais efectuados por alunos em disciplinas curriculares associadas a esta expressão artística, como é o caso das Oficinas de Teatro e Oficinas de Expressão Dramática. 

Pretendemos incentivar o teatro feito por jovens e para jovens como ferramenta para a formação humana e cultural, fomentando, a criação de espaços para a reflexão e expressão das questões presentes nos jovens de hoje.
Entre o teatro para a infância e o teatro para adultos existe uma lacuna que o teatro para jovens poderia preencher. Afinal, os jovens não se interessam pelo universo infantil e também, na maioria das vezes, não se envolvem com as temáticas abordadas pelo teatro adulto. Conquistar esse público é um desafio que TELA propõe levar a cabo ao pensar no teatro de jovens para jovens.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

"FAMILLE BIZARRE ou um caso não esclarecido" de Ludger Lamers - ESTREIA

ESTREIA - 29.04.2011 - DIA MUNDIAL DE DANÇA - TEATRO MUNICIPAL SÁ DE MIRANDA
FAMILLE BIZARRE ou um caso não esclarecido
TEATRO-DANÇA
24ª PRODUÇÃO DO MAO
COLABORAÇÃO: TEATRO SEXTA | APOIO: CMVC | JUNTA DE FREGUESIA DE PERRE | RÁDIO AFIFENSE | RÁDIO GEICE | QUARTO ENCANTADO

ELENCO:

alexandre vorontsov, carlos marques, catarina barbosa, conceição taborda, joana silva, ludger lamers, maria josé miranda, rita moura carneiro, sabahat passos, viviana beenen

O ESPECTÁCULO:

O espectáculo será a apresentação do trabalho final do grupo de artistas que fizeram parte do workshop “Touch Screen” realizado no NCAR, Escola S.Gil, organizado pelo MAO e dirigido por LUDGER LAMERS nos dias 12 e 13 de Fevereiro de 2011 e com mais uma semana intensiva de work on progress entre 22-29 de Abril no Teatro Municipal Sá de Miranda. Assim o espectáculo procura uma linguagem do Teatro-Dança, contaminada pelo Teatro de Objectos, por relações físicas e metafísicas entre sombra e luz. O uso de sonoridades como elementos cénicos identificáveis permite um verdadeiro cruzamento disciplinar numa lógica contemporânea. Procura-se igualmente explorar o Teatro e o acto de representar, privilegiando o lado físico e visual; limitando o uso da palavra para a percepção da narrativa na sua essência, desenvolvendo assim a imaginação do espectador, criando-se uma grande cumplicidade com as personagens, para uma forma diferente de entendimento da “realidade”. O uso de objectos também concorre para a importância da imagem, sobretudo em relação à memória que esses objectos podem evocar. Será, assim, um espectáculo sensorial, o que permitirá que cada espectador faça uma leitura diferente da narração cénica, utilizando as suas referências emocionais. As cenas, carregadas de uma simbologia, permitirão, sem o peso do texto, criar uma poética visual baseando se no movimento e na forma dos corpos - animados ou inanimados. O uso da palavra ou dum conjunto de palavras, tenderá a ser feito num jogo de sonoridades, repetições, reforçando o efeito poético visual, e não como legenda de alguma história com início, meio e fim. A proposta cenográfica terá um valor iconográfico baseado em dois elementos: a casa e o tempo. A partir de elementos, aparentemente abstractos, estimula-se a memória do espectador para o transportar para espaços da memória individual. Da mesma forma que os actores-dançarinos e os objectos animados aparecem como elementos mutáveis de um tempo intemporal, da memória confusa, num não-espaço, que se transforma e transforma tudo a volta. O piano, tocado ao vivo, será parte integrante do espectáculo. Não terá apenas a finalidade de criar música ou sonoridades, pois no palco todos os elementos sem hierarquia, assumem um papel cénico. As luzes, as sombras, os bonecos e os actores iniciarão uma busca comum.

Goethe dizia que o acto teatral era movimento e fala. A sua antítese também é verdade: o silêncio e imobilidade também são teatro. O teatro pode ser encarado de muitas formas, até pode ser um instrumento político ou politização, um meio de diversão ou alienação, ou ainda pode ser encarado simplesmente como arte. Seja qual for a forma, o teatro antes de tudo é um instrumento de comunicação. Assim, partindo de uma ideia original de Ludger Lamers, “FAMILLE BIZARRE ou um caso não esclarecido”, aparece no palco do Teatro Municipal Sá de Miranda, no Dia Mundial da Dança, em torno de uma frase inesquecível “tout peu dancer e tout le mouviment est dance”.




LUDGER LAMERS:



“…a abertura que LAMERS manifesta na sua linguagem coreográfica, sendo aquele o ponto de partida para a confluência de outras expressões artísticas na sua metodologia de trabalho. Esta tendência está igualmente presente a nível conceptual e prático e não a encontramos apenas nas suas próprias coreografias, mas é também visível quando LAMERS actua como bailarino em projectos de outros artistas. Por isso, os trabalhos de LAMERS encontram pontos de partida e de referência na arquitectura ou no cinema, como é possível ver na sua trilogia "Tokonoma", que decorreu entre 2007-2009. Também explora a intersecção entre a dança e o teatro como, por exemplo, enquanto performer na produção de "Appropriation. Parasiten. Krapp's Last Tape" de Sebastian Blasius, notavelmente realizada em 2009.

Visto geralmente em colaboração com outros artistas, LAMERS manifesta, não só uma admirável disponibilidade para este trabalho em equipa, mas também um especial interesse em se entregar a novos domínios e, desta maneira, possibilitar a abertura de caminhos originais para a sua pesquisa coreográfica. O trabalho a solo partindo de um texto é uma parte essencial da sua pesquisa, a par de outros campos, como, por exemplo, instalações baseadas em workshops, análise e questionamento de formas de reconstrução e de representação, interesse no trabalho com o corpo e com a espiritualidade.

Assim, o trabalho de LAMERS testemunha um interesse profundo nos domínios da coreografia e da dança em que o corpo atravessa os limites de um só género de arte, entrando num movimento convergente, compreendendo, desta maneira, a dança como uma investigação em formas diferentes de representação e de apreensão do mundo, em vez de a reduzir a uma forma específica ou a uma simples definição". (Fundamentação do júri. Texto retirado de Newsletter de DGARTES de Ministério da Cultura nº 12 / 9-22 Junho 2010)